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Houve Teatro em Albufeira!
Foi no âmbito da comemoração do Dia Mundial do Teatro (27 de Março) que Albufeira acolheu aquela que foi a segunda edição do Festival Internacional de Teatro.
Mapeado como capital do turismo em Portugal, o Município de Albufeira prima cada vez mais em promover eventos de índole cultural. Marcando assim o panorama artístico-cultural nacional. Albufeira brinda aos seus munícipes e visitantes com novas opções de entretenimento de qualidade.
Foi no editorial da agenda cultural do município, do passado mês de Março, que Desidério Silva, Presidente da Câmara Municipal de Albufeira (CMA), afirmou que «a aposta na dinamização de um concelho passa também pela disponibilidade em criarmos soluções que nos posicionem lado a lado com os agentes económicos e sociais locais. Em Albufeira, procurámos seguir esse caminho de forma sustentada, numa lógica de valorização desportiva, cultural e social e económica.» O Presidente acrescentou, ainda, que ao olhar para a agenda verificava-se que os objectivos de trabalhar de uma forma transversal a toda a sociedade foram atingidos.
Quisemos comprovar isso, e ao examinar a agenda deparamo-nos com o evento em destaque: O Festival Internacional de Teatro de Albufeira (Festival T).
Não quisemos deixar passar o evento em branco e fomos até ao município algarvio para conhece-lo de perto, e assim apresentar aos nossos leitores, deste mundo contemporâneo um distinto Festival de Teatro.
A maratona do Teatro
No dia 27 de Março foi assinalado o Dia Internacional do Teatro. A CMA comemorou a data com uma maratona de teatro, que decorreu durante uma semana. Actores nacionais, dramaturgos algarvios e um coreógrafo italiano foram alguns dos que intervieram neste evento, transformando Albufeira num palco de uma grande festa do teatro.
"Vocês sabem o que é o amor, o verdadeiro amor?" Foi com esta interrogação que iniciou-se Modigliani, pela Companhia de Teatro Contemporâneo (CTC), a peça de abertura do Festival (no dia 21 de Março). Sem dúvida que amor a arte foi um dos ingredientes que confluiu no sucesso alcançado. O auditório encheu e os aplausos denotaram o reconhecimento do público a um teatro autêntico. A trama baseava-se na vida de Modigliani, talentoso pintor italiano, assim como a rivalidade entre este e Picasso. Dois artistas "marcados pela genialidade, pela arrogância e pelas paixões".
"Os pequeninos" não foram esquecidos, e nos dias seguintes as peças infantis Dinis no Jardim Encantado - O Segredo de Choné (C.T.C) e Peter Pan (Companhia Magia e Fantasia) levaram a este público tão especial duas histórias divertidas, onde o respeito pela Natureza, a aventura e a descoberta de sonhos foram aportados.
A maratona avançou, e no dia 25 Memórias de Branca Dias (pelo CENDREV) entrou em cena. Um monólogo que retratou o povo português no Novo Mundo do século XVI.
No dia seguinte uma história de amor proibido, Loucos por Amor (pela companhia Cia.Paulo Lage), tratou a temática do incesto. Revelando que "o amor é mais frio que a morte quando estamos loucos por amor". A escolha desta peça (pela organização) deveu-se "ao interesse em trabalhar os conflitos do ser humano e a dificuldade e agressividade que existem nas suas relações, numa época onde tudo é tão rápido que não damos conta do quão rápida é uma relação".
O Turno da Padecida (por Os Guizos) foi a última peça apresentada. Uma comédia reflexiva onde a protagonista, Padecida, decide acabar com as injustiças e com as discriminações. Puseram-se em causa as aparências do quotidiano e as situações inesperadas que surgem quando comunicamos com outrem (que julgamos conhecer).
O Festival T incluiu, ainda, um workshop denominado Bailes e Mouriscas do Renascimento, por Maurízio Padovan (um dos colaboradores da CTC, musico, professor e investigador, sendo um dos mais qualificados historiadores de dança do panorama internacional). O workshop decorreu ao longo da semana do festival e culminou num espectáculo peculiar no dia 28. Foi uma notável ocasião para revivescer a atmosfera das festas e dos espectáculos renascentistas.
Outra das novidades desta segunda edição foi a tertúlia: Noite da Dramaturgia. A conversa girou em torno de textos teatrais, onde os autores Paulo Moreira, Ana Cristina Oliveira e Sandro Junqueira e os seus actores expuseram as suas obras. Durante a noite foram discutidas múltiplas questões relacionadas com o mundo teatral.
Iniciativa exemplar
Embora exista uma ideia quase generalizada de que Albufeira funciona exclusivamente em prol da indústria turística, em detrimento de outras áreas, como a Cultura por exemplo, é notável que a CMA tem-se empenhado cada vez mais em mudar este estigma. Como é que o Festival T contribui para esse feito?
Sem dúvida que este foi um evento exemplar que possibilitou, de uma forma totalmente gratuita, ao público de Albufeira usufruir da arte teatral.
Tal como a primeira edição do Festival T, esta segunda foi um sucesso. Esperamos que para o próximo ano, nos sejam dadas as boas vindas da seguinte forma: "Senhores e senhoras sejam bem-vindos ao Teatro!".
Foi no âmbito da comemoração do Dia Mundial do Teatro (27 de Março) que Albufeira acolheu aquela que foi a segunda edição do Festival Internacional de Teatro.
Mapeado como capital do turismo em Portugal, o Município de Albufeira prima cada vez mais em promover eventos de índole cultural. Marcando assim o panorama artístico-cultural nacional. Albufeira brinda aos seus munícipes e visitantes com novas opções de entretenimento de qualidade.
Foi no editorial da agenda cultural do município, do passado mês de Março, que Desidério Silva, Presidente da Câmara Municipal de Albufeira (CMA), afirmou que «a aposta na dinamização de um concelho passa também pela disponibilidade em criarmos soluções que nos posicionem lado a lado com os agentes económicos e sociais locais. Em Albufeira, procurámos seguir esse caminho de forma sustentada, numa lógica de valorização desportiva, cultural e social e económica.» O Presidente acrescentou, ainda, que ao olhar para a agenda verificava-se que os objectivos de trabalhar de uma forma transversal a toda a sociedade foram atingidos.
Quisemos comprovar isso, e ao examinar a agenda deparamo-nos com o evento em destaque: O Festival Internacional de Teatro de Albufeira (Festival T).
Não quisemos deixar passar o evento em branco e fomos até ao município algarvio para conhece-lo de perto, e assim apresentar aos nossos leitores, deste mundo contemporâneo um distinto Festival de Teatro.
A maratona do Teatro
No dia 27 de Março foi assinalado o Dia Internacional do Teatro. A CMA comemorou a data com uma maratona de teatro, que decorreu durante uma semana. Actores nacionais, dramaturgos algarvios e um coreógrafo italiano foram alguns dos que intervieram neste evento, transformando Albufeira num palco de uma grande festa do teatro.
"Vocês sabem o que é o amor, o verdadeiro amor?" Foi com esta interrogação que iniciou-se Modigliani, pela Companhia de Teatro Contemporâneo (CTC), a peça de abertura do Festival (no dia 21 de Março). Sem dúvida que amor a arte foi um dos ingredientes que confluiu no sucesso alcançado. O auditório encheu e os aplausos denotaram o reconhecimento do público a um teatro autêntico. A trama baseava-se na vida de Modigliani, talentoso pintor italiano, assim como a rivalidade entre este e Picasso. Dois artistas "marcados pela genialidade, pela arrogância e pelas paixões".
"Os pequeninos" não foram esquecidos, e nos dias seguintes as peças infantis Dinis no Jardim Encantado - O Segredo de Choné (C.T.C) e Peter Pan (Companhia Magia e Fantasia) levaram a este público tão especial duas histórias divertidas, onde o respeito pela Natureza, a aventura e a descoberta de sonhos foram aportados.
A maratona avançou, e no dia 25 Memórias de Branca Dias (pelo CENDREV) entrou em cena. Um monólogo que retratou o povo português no Novo Mundo do século XVI.
No dia seguinte uma história de amor proibido, Loucos por Amor (pela companhia Cia.Paulo Lage), tratou a temática do incesto. Revelando que "o amor é mais frio que a morte quando estamos loucos por amor". A escolha desta peça (pela organização) deveu-se "ao interesse em trabalhar os conflitos do ser humano e a dificuldade e agressividade que existem nas suas relações, numa época onde tudo é tão rápido que não damos conta do quão rápida é uma relação".
O Turno da Padecida (por Os Guizos) foi a última peça apresentada. Uma comédia reflexiva onde a protagonista, Padecida, decide acabar com as injustiças e com as discriminações. Puseram-se em causa as aparências do quotidiano e as situações inesperadas que surgem quando comunicamos com outrem (que julgamos conhecer).
O Festival T incluiu, ainda, um workshop denominado Bailes e Mouriscas do Renascimento, por Maurízio Padovan (um dos colaboradores da CTC, musico, professor e investigador, sendo um dos mais qualificados historiadores de dança do panorama internacional). O workshop decorreu ao longo da semana do festival e culminou num espectáculo peculiar no dia 28. Foi uma notável ocasião para revivescer a atmosfera das festas e dos espectáculos renascentistas.
Outra das novidades desta segunda edição foi a tertúlia: Noite da Dramaturgia. A conversa girou em torno de textos teatrais, onde os autores Paulo Moreira, Ana Cristina Oliveira e Sandro Junqueira e os seus actores expuseram as suas obras. Durante a noite foram discutidas múltiplas questões relacionadas com o mundo teatral.
Iniciativa exemplar
Embora exista uma ideia quase generalizada de que Albufeira funciona exclusivamente em prol da indústria turística, em detrimento de outras áreas, como a Cultura por exemplo, é notável que a CMA tem-se empenhado cada vez mais em mudar este estigma. Como é que o Festival T contribui para esse feito?
Sem dúvida que este foi um evento exemplar que possibilitou, de uma forma totalmente gratuita, ao público de Albufeira usufruir da arte teatral.
Tal como a primeira edição do Festival T, esta segunda foi um sucesso. Esperamos que para o próximo ano, nos sejam dadas as boas vindas da seguinte forma: "Senhores e senhoras sejam bem-vindos ao Teatro!".
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