Fotografia: Mariana Soares
As sociedades evoluíram e caminharam rumo à democracia e esta é sinónimo de desenvolvimento social. No que à tecnologia diz respeito, o caminho rumo à «democracia» foi mais rápido, não durou séculos, e o que era um privilégio está a deixar de o ser e a assumir-se como um direito. Nos dias que correm Tecnologia parece ser o mote para qualquer assunto. Ir à ‘Net’ torna-se banal, redigir um texto no Word também… Usar o telemóvel nem se fala. (Ao fim ao cabo é um pequeno computador). Tecnologia em todo o lado e nem nos apercebemos como.
Os governos apostam na distribuição de computadores a preços mínimos, para todos os escalões sociais pois parece que nos dias que correm quem não tem um computador não acompanha a evolução. Já faz parte do quotidiano. Compras, visitas a museus, pagamento de contas, transferências bancárias, livros, música, filmes… Tudo disponível no mundo em linha, à distância de um click. Para quê sair de casa? Aumentará, de certo, o número de sedentarismo (preguiça?) das pessoas e ao mesmo tempo o nível de conforto.
Como a linguagem oral foi importante para a comunicação em sociedade durante séculos, e era importante para unir vários povos díspares em torno de uma nação, na sociedade contemporânea esse elo de ligação é tecnológico. A barreira entre pessoas deixou de ser linguística e passou a ser tecnológica, barreira que tende a desaparecer.
Não é só a nível de acesso à tecnologia que está a haver uma evolução na democratização tecnológica. Também a nível de conteúdos essa democratização e o livre acesso é, cada vez mais, uma realidade.
Ainda que se diga que os downloads de programas e músicas são ilegais, essa actividade, dada a impossibilidade de ser controlada, está a sair da obscuridade e são cada vez mais os locais de onde se podem retirar conteúdos avaliados em centenas de euros.
Os gigantes da informática não podem exigir que se pague valores exorbitantes por um conteúdo que pode ser adquirido livremente.
A democratização da Tecnologia está a tornar-se uma realidade em 2009 e é ela essencial, pois uma sociedade para ser igualitária e democrática tem obrigatoriamente de comunicar na mesma língua e proporcionar igualdade de oportunidades, neste caso, tecnológicas.
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