FOTOREPORTAGEM

À conversa com ... (part 1)

Por: Marta Miranda e Raquel Rodrigues
A vertente teórica é de certo muito importante e consolida os nossos conhecimentos práticos. Mas o estágio, a prática e o saber como é o trabalho de um jornalista também é muito importante para a formação de qualquer profissional nessa área.
Os alunos nem sempre sabem aquilo que pretendem seguir, e mesmo que tenham uma ideia precisa não têm noção do que um profissional faz realmente.
Assim, fomos em busca de profissionais de várias áreas da comunicação para dar a conhecer a todos as suas opiniões sobre como é trabalhar.
Toma atenção, a seguir pode ser o teu curso..
À conversa com..


João Tiago
Jornalista
SIC, Barlavento e Agência Lusa
Qual a área do jornalismo que desenvolve actualmente?
Jornalismo escrito, televisivo e de agência. Actualmente trabalho na SIC, no Barlavento e na agência LUSA.

Qual a diferença entre os vários tipos de jornalismo?
A grande diferença é a forma. A imagem é o trunfo da televisão, mostrar coisas que muitas vezes é difícil descrever na imprensa escrita. É um tipo de jornalismo mais rápido, mais directo mas tem a imagem. Enquanto a imprensa escrita podemos expor as coisas de outra maneira, formas diferentes, utilizando mais espaço e “tempo de antena”.

Acha que a universidade influenciou o seu futuro positivamente?
Relativamente ao curso em si não fez qualquer diferença no meu futuro, até porque inicialmente fui para o curso na expectativa da comunicação empresarial (marketing). Foram os professores que tive, o incentivo e a maneira de ensinar é que despertou em mim a vontade do jornalismo.
Na sua opinião, acha que outras universidades dão mais oportunidades aos alunos do que a UAlg?
Não acho que a UAlg dê menos oportunidades aos alunos, comparando com as outras universidades. É verdade que lá em cima há mais oferta, mais oportunidades mas também mais procura e concorrência. “Eu estou feliz com as oportunidades que me surgiram e não era feliz se não estivesse no Algarve”.

Alguma vez participou em projectos de jornalismo universitários? Actualmente dá o seu contributo para algum?
Participei no Canudo e ajudou-me muito a ver que era aquilo que desejava para o meu futuro. Ajudou-me a praticar, a aprender. Actualmente, contribuo para o Canudo de uma maneira muito vaga e distante, com muita pena e falta de tempo.

Pode descrever-nos o seu dia como jornalista?
“A vida de um jornalista é comandada pelo telemóvel.” Nunca se pode dizer que o dia é estipulado de uma certa maneira, porque é sempre imprevisível. Estamos sempre em cima da notícia e sempre dependentes disso.

Tem algum conselho/dicas que gostaria de deixar aos estudantes?
Ter vontade de aprender, trabalhar e empreender. Não é uma área que precise necessariamente de um curso para se ser bom, hoje em dia existem muitos licenciados noutras áreas que fazem jornalismo. Não criar ilusões porque fazer “jornalismo não é ser estrela de televisão”, isso é o que menos interessa. “Ser jornalista é pôr as pessoas em lugares que não é possível elas estarem na realidade”.

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